Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais

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Li um texto que tem circulado no FACEBOOK nos últimos dias, achei bem interessante e resolvi compartilhar aqui. Somos alienados a viver socialmente seguindo padrões que nos são impostos ao longo do tempo. Temos o livre arbítrio para fazer nossas escolhas, porem estamos sujeitos a sofrer suas conseqüências. O texto abaixo nos leva a refletir sobre as nossas escolhas e sobre a maneira como levamos a vida.

 

Recentemente foi publicado nos Estados Unidos um livro que tem tudo para se transformar em um best seller daqueles que ajudam muita gente a mudar sua forma de enxergar a vida. The top five regrets of the dying (algo como “Os cinco principais arrependimentos de pacientes terminais”) foi escrito por Bronnie Ware, uma enfermeira especializada em cuidar de pessoas próximas da morte.

 

1. EU GOSTARIA DE TER TIDO CORAGEM DE VIVER UMA VIDA FIEL A MIM MESMO, E NÃO A VIDA QUE OS OUTROS ESPERAVAM DE MIM

“À medida que a pessoa se dá conta das limitações e da progressão da doença, esse sentimento provoca uma necessidade de rever os caminhos escolhidos para a sua vida, agora reavaliados com o filtro da consciência da morte mais próxima”, explica Dra. Ana Cláudia.

“É um sentimento muito frequente nessa fase. É como se, agora, pudessem entender que fizeram escolhas pelas outras pessoas e não por si mesmas. Na verdade, é uma atitude comum durante a vida. No geral, acabamos fazendo isso porque queremos ser amados e aceitos. O problema é quando deixamos de fazer as nossas próprias escolhas”, explica a médica.

“Muitas pessoas reclamam de que trabalharam a vida toda e que não viveram tudo o que gostariam de ter vivido, adiando para quando tiverem mais tempo depois de se aposentarem. Depois, quando envelhecem, reclamam que é quando chegam também as doenças e as dificuldades”, conta.

2. EU GOSTARIA DE NÃO TER TRABALHADO TANTO

“Não é uma sensação que acontece somente com os doentes. É um dilema da vida moderna. Todo mundo reclama disso”, diz a geriatra.

“Mas o mais grave é quando se trabalha em algo que não se gosta. Quando a pessoa ganha dinheiro, mas é infeliz no dia a dia, sacrifica o que não volta mais: o tempo”, afirma.

“Este sentimento fica mais grave no fim da vida porque as pessoas sentem que não têm mais esse tempo, por exemplo, pra pedir demissão e recomeçar”.

3. EU GOSTARIA DE TER TIDO CORAGEM DE EXPRESSAR MEUS SENTIMENTOS

“Quando estão próximas da morte, as pessoas tendem a ficar mais verdadeiras. Caem as máscaras de medo e de vergonha e a vontade de agradar. O que importa, nesta fase, é a sinceridade”, conta.

“À medida que uma doença vai avançando, não é raro escutar que a pessoa fica mais carinhosa, mais doce. A doença tira a sombra da defesa, da proteção de si mesmo, da vingança. No fim, as pessoas percebem que essas coisas nem sempre foram necessárias”.

“A maior parte das pessoas não quer ser esquecida, quer ser lembrada por coisas boas. Nesses momentos finais querem dizer que amam, que gostam, querem pedir desculpas e, principalmente, querem sentir-se amadas. Quando se dão conta da falta de tempo, querem dizer coisas boas para as pessoas”, explica a médica.

4. EU GOSTARIA DE TER MANTIDO CONTATO COM MEUS AMIGOS

“Nem sempre se tem histórias felizes com a própria família, mas com os amigos, sim. Os amigos são a família escolhida”, acredita a médica. “Ao lado dos amigos nós até vivemos fases difíceis, mas geralmente em uma relação de apoio”, explica.

“Não há nada de errado em ter uma família que não é legal. Quase todo mundo tem algum problema na família. Muitas vezes existe muita culpa nessa relação. Por isso, quando se tem pouco tempo de vida, muitas vezes o paciente quer preencher a cabeça e o tempo com coisas significativas e especiais, como os momentos com os amigos”.

“Dependendo da doença, existe grande mudança da aparência corporal. Muitos não querem receber visitas e demonstrar fraquezas e fragilidades. Nesse momento, precisam sentir que não vão ser julgados e essa sensação remete aos amigos”, afirma.

5. EU GOSTARIA DE TER ME DEIXADO SER MAIS FELIZ

“Esse arrependimento é uma conseqüência das outras escolhas. É um resumo dos outros para alguém que abriu mão da própria felicidade”.

“Não é uma questão de ser egoísta, mas é importante para as pessoas ter um compromisso com a realização do que elas são e do que elas podem ser. Precisam descobrir do que são capazes, o seu papel no mundo e nas relações. A pessoa realizada se faz feliz e faz as pessoas que estão ao seu lado felizes também”, explica.

“A minha experiência mostra que esse arrependimento é muito mais dolorido entre as pessoas que tiveram chance de mudar alguma coisa. As pessoas que não tiveram tantos recursos disponíveis durante a vida e que precisaram lutar muito para viver, com pouca escolha, por exemplo, muitas vezes se desligam achando-se mais completas, mais em paz por terem realmente feito o melhor que podiam fazer. Para quem teve oportunidade de fazer diferente e não fez, geralmente é bem mais sofrido do ponto de vista existencial”, alerta.

DICA DA ESPECIALISTA

“O que fica bastante claro quando vejo histórias como essas é que as pessoas devem refletir sobre suas escolhas enquanto têm vida e tempo para fazê-las”.

“Minha dica é a seguinte: se você pensa que, no futuro, pode se arrepender do que está fazendo agora, talvez não deva fazer. Faça o caminho que te entregue paz no fim. Para que no fim da vida, você possa dizer feliz: eu faria tudo de novo, exatamente do mesmo jeito”.

De acordo com Dra. Ana Cláudia, livros como este podem ajudar as pessoas a refletirem melhor sobre suas escolhas e o modo como se relacionam com o mundo e consigo mesmas, se permitindo viver de uma forma melhor. “Ele nos mostra que as coisas importantes para nós devem ser feitas enquanto temos tempo”, conclui a médica.

Publicado em janeiro/2012.

Atualizado em dezembro/2012.

Sobre Zena Ribeiro

Ela sai de casa carregando seus sonhos. Ela é intensa em tudo. Ao seu redor o mundo passa, e ela vai levando a vida com toda a sua intensidade, ela até tenta, mas não sabe ser diferente, ou indiferente, não sabe ser meio termo, mais ou menos, um pouquinho... O ritmo dos seus passos revela uma mulher que aparentemente transborda força, mas em seu interior só ela mesma pra saber o quão frágil é, às vezes, mas ela tenta esconder essa fragilidade e na maioria das vezes até consegue. Ela olha em volta com olhos de criança, que descobrem os sentidos da vida a cada dia. Seus passos são firmes, de uma mulher que respeita suas vontades, que escuta seus sentimentos e entende sua força e sempre segue o seu coração. Em sua caminhada percebeu que simples detalhes fazem toda a diferença, guarda cada palavra dita, lembra de cada conversa e imagina o porquê atrás de cada ação. Pensa e repensa o significado de tudo, pode se magoar com uma simples palavra, assim como pode sorrir o dia inteiro também. Por mais que a vida diga não, ela aprendeu que pode ser quem quiser. Aprendeu que não é melhor e nem pior que ninguém, mas também aprendeu a reconhecer seu valor. Depois de tanto tentar se encaixar nos padrões de beleza aprendeu que mulher bonita é a que luta. Que luta sempre e grita quando necessário. Aprendeu a correr atrás dos seus objetivos, mas o mais importante aprendeu a não se culpar quando as coisas não acontecem como planejadas. Ela não aceita galanteios gratuitos, ela não aceita desaforos, ela não aceita que encostem sem sua permissão, ela não aceita que a rotulem, ela não aceita que decidam sobre seu corpo, ela não aceita que decidam sobre sua vida, ela, a pessoa mais importante da sua vida, não aceita.... Ela que todos os dias dorme com a esperança de que amanhã vai ser melhor, ela que é tantas, ela que é todas... Ela sou eu. Todo dia acordo e não sou mais a mesma de ontem, eis a dificuldade de me descrever...
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3 respostas para Os cinco maiores arrependimentos dos pacientes terminais

  1. Cris Campos disse:

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    Infelizmente arrependimentos são inevitáveis ao longo da nossa caminhada, o que podemos é tentar aprender lições preciosas com os arrependimentos dos outros, talvez, e somente talvez, a gente consiga não ter os mesmos. A vida é um oscilar constante entre cumes e vales. Adorei o compartilhamento! Gr. Bj.!

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    • maizenna disse:

      É verdade, concordo com você, aprendemos com nossos erros, mas aprendemos muito com os erros dos outros tambem. Devemos buscar sempre sabedoria pra tentar fazer as melhores escolhas. Bj

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  2. Cosmopolitan Girl disse:

    Republicou isso em Cosmopolitan Girl.

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